A partir do encontro entre o ator Dudu Melo e o bailarino João Bosco Veras, surge a experimentação poética na qual o teatro e a dança compartilham imagens, memórias, sensações. Em cena, dois corpos lutam e lidam com a passagem do tempo, solidão, incomunicabilidade humana e a multiplicidade de formas de perceber o mundo. Quais desertos podemos habitar para nos desencontrar e enxergarmos o outro em sua singularidade? A travessia aqui é movimento que permite abrir novos caminhos: do corpo, da arte, da vida. Eu vi uma flor no deserto é um espetáculo realizado pela Pigmentar Companhia.
A Pigmentar Companhia foi criada por Dudu Melo, artista mineiro e pessoa com deficiência visual, com o objetivo de convidar outros artistas para desenvolverem obras de artes cênicas e audiovisual que tratem dos temas que estão à margem da sociedade, como: pessoas com deficiência visual, LGBTQIA+, negras e outras. Dentre os principais trabalhos estão: Glauco, Glauco Lava-Pés, Cabra-Cega, O Menino do Olho que Vê. Essas obras foram encenadas nos principais espaços de Belo Horizonte e São Paulo.
João é professor e bailarino. Atualmente, ministra oficinas de dança, e atua como preparador corporal, apresenta suas coreografias e desenvolve projetos de dança e educação. É pós-graduando em Educação, Cultura e História da África, pela Faculdade Católica de Uberlândia, em Dança Educativa Moderna, pela Universidade Federal de Viçosa. Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Iniciou seus estudos de Dança em 1991 em Brasília.
